sábado, 25 de agosto de 2007

bebe pinks come dance

o bebe blues ta ficando um bar cada vez mais voltado para o público simpatizante, não que eu tenha alguma coisa contra esse tipo de manifestação de comportamento, como já esclareci em outra oportunidade, mas é que há certos limites de de decoro e impessoalidade que imagino que devam ser mantidos em determinados tipos de abordagem. Não tenho tanto interesse em detalhar mais sobre isso, mas alguns acontecimentos estão fazendo o bar do major deixar de ser aquele antro de homens viris e másculos, que levam uma vida embasados na filosofia do suor, sinuca e cerveja, para cultivar um ar alegre em demasia. Bem, está se tornando relativamente normal deparar-se com 2 ou 3 rapazes saindo simultaneamente do banheiro masculino após vários minutos de espera na fila... situação constrangedora para alguem que não está familiarizado com esse tipo de coisa, mas tambem pouco agradável para quem tinha tomado algumas cervejas que em certo momento parece fazer o possível para sair do corpo que não as pertence. Uma destas vezes em que presenciei a cena, eu quis esboçar uma reclamação a respeito do ocorrido, quando um dos rapazes delicadamente me informou que eles estavam "apenas" namorando lá dentro, perguntando-me se era algum incômodo para mim. Não saber como agir em situações como essa me é motivo de muita auto-comiseração. Nunca fui afeito daquelas demonstrações virulentas e efusivas de uma virilidade que transborda os patamares da compostura, sempre achei que os partidários desse tipo de manifestação na verdade possuiam uma angustiosa insegurança, os grandes machões são na verdade pessoas que possuem receio em identificarem nestas práticas, algo que exista nos níveis inconscientes mais recônditos de suas personalidades, e ao serem postos frente a frente com algo que incita a exteriorização destas características, sentem-se ameaçados de alguma forma. A medo da coação e do repúdio social os faz sempre com que estas criaturas usem da arte do xilique. Mas o arrojo de se manter uma relação não aceita socialmente em um banheiro, impedindo que alguns dos remanescentes da velha guarda hetero pudessem satisfazer as necessidades que os seus corpos demandavam no único lugar em que isso poderia ser feito, é no mínimo motivo de repugnância. Enfim, tão desagradavel quanto essa situação, só outra em que me aborda um tiozão de meia idade dizendo que havia me visto algumas vezes em alguns pontos de ônibus da cidade. Lembrar nessa hora do "1984" do George Orwell foi inevitavelmente desconfortável, quem diabos queria ter um "Grande Irmão" desses? Na minha cabeça não veio outra coisa a responder com relação ao flerte do que um seco e sonoro "Sim?", quando o "e eu com isso?" tava pra sair, achei que era de bom tom dar uma freiada. Mas pra que tanta educação? Em meio a um monólogo que tinha intenção de engatar um um bate-papo sem nenhuma possibilidade de feedback, eu tive que ouvir o tiozão falando que eu parecia com um rapaz de uma propaganda de um desodorante. Putz, eu não acreditava que estava ouvindo aquilo, era demais para meus ouvidos e paciência, cheguei a pensar que isso era uma insinuação de uma possível suvaqueira minha. A cereja do meu bolo estragado e apodrecido veio quando um dos funcionários da casa vinha passando e foi perguntado a respeito do que foi dito, confirmando o que o rapaz havia falado, meu mundo caiu, me senti na situação Júlio César apunhalado por Brutus há uns dois mil e poucos anos atrás. Foi o fim, a noite só não acabou pra mim porque logo após o tiozão percebeu que eu não estava mas minimamente disposto a dar atenção. Mas precisava demorar tanto pra se dar conta? Tinha necessidade de se chegar a esse patamar de desagradabilidade? Enfim, é triste constatar que o recanto do major e suas "fêmeas copulantes" está mudando de perfil, coisa que não me agrada, o pior que eu não tenho nem como nutrir a ilusão de que isso são casos isolados, visto que diversas observações do mesmo tipo são tecidas de quando em vez pelos frequentadores mais antigos... Bons tempos em que as tacadinhas e as colocadas de bolas pra dentro se davam diferentemente da maneira como vêm acontecendo ultimamente ali por aquelas bandas...

3 comentários:

Unknown disse...

A viadagem tá muito forte mesmo,coincidentemente tava mexendo na tv e vi uns caras se beijando no Beija o sapo,nada contra o homossesexualismo (longe de mim), mas expôr esse tipo de comportamento na tv a tarde.putz! eu acho foda.é notório que a midia ultimamente vem dando mais enfase a esse tipo de comportamento visto que o público gay é o público mais consumidor $$$$$$ então inevitavelmente esse tipo de comportamento está mais exposto na sociedade atual.No mais,te cuida por essas bandas uhauhauhauh
!!!

Igor Von Richthofen disse...

Eu particularmente não me importo com quem os outros vão pra cama,mas porra,no banheiro é foda! a hora de mijar é sagrada e depois de algumas cervejas ela é mais do que nescessaria.

caso.me.esqueçam disse...

gente, peraí. vamos por partes. o bebe blues mudou, mas acho que não foi por causa do público gay que o frequenta agora. acho que de blues e jazz ele pouco tem e essa é um das poucas reclamações que eu tenho pra fazer. tenho notado a invasão de pessoas serelepes pelo bar, mas isso já me é completamente normal, pelos lugares que eu ando sempre tem algum engelzado. obviamente que escolher um banheiro pras suas necessidades sexuais já é demais (e não importa o nipe do casal, é falta de respeito, sim). agora, depois de ler o comentário da figura feminina acima, preciso dizer... acho que o pior tipo de preconceituoso é aquele que diz "não tenho nada contra, desde que não seja comigo". existem as variantes. "nada contra, mas expor esse tipo de comportamento à tarde?". talvez ainda não tenha entrado na cabeça dela que o beijo que ela gosta e PODE dar no namorado é o mesmo beijo que dois homens ou duas mulheres homossexuais gostam e PODEM dar. ou o mundo é do heteros? dica: se não curte, desliga a tv.